Segue abaixo um texto, caso interesse para a publicação do grupo do yahoo.
Eu me nego às modas e discursos inflamados
De fato, é inegável que o Brasil vive uma crise política, econômica e social seríssima. Vivemos um momento em que é preciso refletir sobre as ações do passado, mudar de postura no presente e planejar o futuro. Precisamos de uma reforma política que nos tire de vez das garras da corrupção. No entanto, é preciso que uma reforma social também venha junto com a reforma política.
Os brasileiros estão acostumados a passar quase que 24 horas discutindo sobre futebol, novelas, moda e locais bonitos para onde estão viajando. Entretanto, evitam de forma até ridícula a se (in)formar sobre as questões políticas que atentam diretamente sobre o seu dia-a-dia. Nesta lógica, passam a se interessar pela política (ou seria politicagem) no último mês do período eleitoral, quando muito. No geral, se transformam em verdadeiros especialistas sobre política na última semana do segundo turno das eleições. Certamente, isto é uma síndrome (ou modus operandi) dos brasileiros, pois o mesmo sintoma é verificado durante a Copa do Mundo, quando todos viram técnicos de futebol durante o mês dos jogos que acontecem a cada 4 anos.
E nessa lógica, do “só participo quando me interessa ou quando o assunto é moda”, os brasileiros seguem sendo manipulados pelos interesses deste ou daquele movimento, do qual nem se quer conhecem a origem. Comem a comida que já lhe dão mastigadas, sem qualquer senso de reflexão ou análise crítica. Quando muito, a reflexão é viciada pela sua visão de mundo, no contexto que lhe interessa, sem avaliar a repercussão na vida do cidadão que está ali, do outro lado. Em junho de 2013 foi assim. A moda de ir às ruas tomou conta de 7 em cada 10 brasileiros, e o grito por mudanças ecoou nos quatro cantos do país. No entanto, os ânimos se esfriaram e o que sobrou foi um monte de político querendo ser o pai/mãe da criança nas eleições de 2014. O gigante voltou a dormir, pois não tinha corpo e força para se manter de pé. Sejamos mais responsáveis
De fato, o Brasil vive uma crise seríssima e, o pior de tudo, o Brasil não tem qualquer figura ou liderança que der conta disso tudo. E aqui não me venham com discursos nefastos de que o Regime Militar ou este/aquele partido político vão resolver o problema. Sejamos mais responsáveis, povo brasileiro. Por conta disso tudo, sigo com minhas críticas. Sigo com minha revolta. No entanto, me nego ao modismo de "inpechemens" (como escreveriam alguns) ou golpes de estado sem ter a exata noção a quem interessa essa nova moda. Afinal de contas, do que adianta mudar o presente se nem sabemos ou queremos planejamos o futuro?
